sábado, 20 de novembro de 2010

O segredo está no caminho

“Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.Então, respondeu o povo e disse: Longe de nós o abandonarmos o Senhor para servirmos a outros deuses; porque o Senhor é o nosso Deus; ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, quem fez estes grandes sinais aos nossos olhos e nos guardou por todo o caminho em que andamos e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos. O Senhor expulsou de diante de nós todas estas gentes, até o amorreu, morador da terra; portanto, nós também serviremos ao Senhor, pois ele é o nosso Deus. Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao Senhor, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem. Então, disse o povo a Josué: Não; antes, serviremos ao Senhor. Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o Senhor para o servir. E disseram: Nós o somos. Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao Senhor, Deus de Israel. Disse o povo a Josué: Ao Senhor, nosso Deus, serviremos e obedeceremos à sua voz. Assim, naquele dia, fez Josué aliança com o povo e lha pôs por estatuto e direito em Siquém. Josué 24:14-25.
Quem lê esse diálogo entre Josué e o povo de Israel, nem imagina que se trata do mesmo povo que por vezes reclamou, duvidou, e até mesmo se rebelou contra Moisés.
A história dos Hebreus tem muito mais a ver com a história do comportamento humano do que imaginamos. O texto acima refere-se a uma escolha que Josué estava empreendendo a comunidade de Israel, o mesmo dissertava sobre sua escolha em servir ao Senhor e ao mesmo tempo confrontava o povo a tomarem um decisão, a escolherem um caminho a seguir. É interessante que Israel ja tinha sido confrontado por varias vezes acerca de posições e caminhos a seguir. Após mais de IV séculos de servidão Deus ouviu suas orações e enviou auxílio, agora a escolha era seguir Moisés ou viver escravo no egito, a decisão parecia óbvia, porém, bastou os primeiro passos rumo a liberdade e já estavam se arrependendo, reclamando e pedindo para voltarem, única e exclusivamente por verem um mar a frente e não terem nehuma idéia de como atravessá-lo. A escolha sempre colocava em conflito convicções e principalmente a fé do povo. Ora! Qualquer situação para se tornar em questão de escolha deve haver mais de uma opção, e no caso de Israel a decisão sempre envolvia fé, era crer ou não crer!
Não foi apenas frente ao mar vermelho que reclamaram, fizeram-no por causa de água, por comida, por quase tudo reclamaram e em muitas vezes desejaram voltar ao cativeiro. Por isso ler a afirmativa da comunidade hebréia sobre escolher servir a Deus parece admirável. Humanamente falando quando temos problemas com alguma situação de que esolhemos e aparentemente não deu muito certo, nossa postura é no mínimo nunca mais querermos nos envolver com nada que se relacione ao acontecido.
Israel havia feito escolhas que aparentemente não assegurava ter saído muito bem, o caminho percorrido por quarenta anos poderia ter sido feito em dias. Na verdade não foram apenas quarenta anos, nem mais de quatrocentros se somarmos os anos de cativeiro, foram muito mais dias do que conseguimos relacionar, a escolha de percorrer o caminho trilhado por Israel começa com a obediência de Abraão. Deus disse a Abraão que saisse da sua terra e marchasse rumo a uma terra que Ele iria mostrar e lhe conceder a posse. Quanto tempo levaria isso? Poderia ter acontecido em dias!
A grande questão aqui é porque escolhemos os caminhos mais difíceis? Mais doloroso? Mais penoso?
É perceptível que sempre tentamos escolhe o caminho mais fácil, menos complicado. Mas então o que acontece que não sai do jeito que esperávamos?
Uma coisa que me chama atenção é o que Deus fala a Moisés e é onde repousa nossas respostas: E disse o SENHOR a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.”  Ex 4:21.
Deus estava mandando Moisés a uma empreitada ao mesmo tempo que decifrava sobre endurecer o coração de faraó, parece um paradoxo, o Senhor enviando alguém para libertar o povo mas ao invés de tocar no coração do opressor para libertar os cativos, endurece-o.  No entanto a explicação esta em Êxodo 14:4: “E eu endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, e saberão os egípcios que eu sou o SENHOR. E eles fizeram assim.” Deus usaria tais circunatâncias para mostrar, revelar Seu Poder tanto aos egípicios quanto ao Seu povo Israel.
Essa premissa pode ser observada ao longo dos acontecimentos que firmaram o relacionamento do povo hebreu com Deus. Qualquer coisa que empreendiam levava tempo e era muito dificil, penoso. Você já parou para se perguntar porquê?
O segredo está no caminho, aprendemos muito mais no caminho do que com os pés na terra prometida. Atente para o fato de o povo ter sofrido e passado por muitos problemas desde o cahamdo de Abraão, e em meio a reclmações e frustrações prosseguirem, e em chegando a terra prometida, escolherem servir a Deus, mesmo sabendo que Ele, o Senhor, poderia permitir outra adversidade sobre aquela nação. Porém, agora já estavam bastante convictos da maneira com que Deus trabalhava, e entendiam que os anos no deserto fora uma preparação para aquele momento, e que sem as adversidades a terra prometida perderia a graça, perderia o significado. A terra prometida só tinha sabor por causa do caminho, foi ele quem deu gosto a vitória.
Você já parou para pensar se tudo em nossas vidas acontecesse do jeitinho que quisessemos? Acredito que muitas coisas perderiam o significado e a graça de existir. Ora! É o caminho percorrido e suas dificuldades que dão sentido àquilo que recebemos de Deus.
PR Paulo Fernandes.

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