sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O INCÔMODO PECADO DA OMISSÃO E DA INDIFERENÇA!


Texto Base:- Lucas 10:25-37.

Um pouco de Português, para entendermos a propositura do título.

OMISSÃO: - Substantivo feminino. Ato ou efeito de omitir; falta; lacuna; esquecimento; silêncio.

OMISSO: - Adjetivo. Que revela falta ou esquecimento; em que há omissão; não mencionado; falho; descuidado; negligente.

OMITIR: - Verbo transitivo direto. Preterir; deixar de fazer, escrever ou dizer; esquecer; olvidar; deixar de lado; não mencionar; postergar.

INDIFERENÇA: - Substantivo feminino. Qualidade do que é indiferente; falta de cuidado, de zelo; desinteresse; negligência; insensibilidade; apatia.

INDIFERENTE: - Adjetivo 2 gêneros (mas. e fem.) Apático; que não manifesta interesse por coisa nenhuma; insensível; que mostra indiferença; s. 2 gên. Pessoa que não tem afeição nem ódio a outra; indivíduo que se desinteressa de religião ou política.

INTRODUÇÃO: - O texto proposto como base para este sermão, revela, um diálogo de Jesus com um interprete da Lei. Era um profundo conhecedor, do que era necessário fazer em sua vida religiosa, para agradar a Deus. Faz uma pergunta, com o único objetivo de causar embaraço ao Senhor Jesus, tentando apanhá-lo em algum deslize quanto à lei, para depois acusá-lo diante das autoridades religiosas! Respondendo a pergunta do seu interlocutor, Jesus lhe pergunta, se ele sabia interpretar o que estava escrito na Lei; prontamente ele reponde citando os textos do livro de (Dt 6:5) e (Lv 19:18). Hipócritamente, finge não saber quem é seu próximo, ao que prontamente Jesus lhe propõe a Parábola do Bom Samaritano.
Neste texto, no desenrolar da história que Jesus está contando, vamos observar alguns personagens principais. São eles: O Sacerdote, O Levita e o Samaritano. O que nos chama atenção, particularmente neste texto é a omissão e indiferença, dos religiosos! Pessoas com maior conhecimento de causas específicas, tendem a cometer o mesmo erro!

O QUE APRENDEMOS COM ESTE RELATO?

1 – A PRATICA RELIGIOSA, PODE SER USADA COMO DESCULPA.

O sacerdote, fiel guarda da Lei, guia do culto a Deus, juiz dos pecadores, intercessor dos pecadores, junto a Deus, usa o próprio texto da Lei, que o proibia de tocar em algum corpo morto, para isentar-se da ajuda necessária ao homem caído em seu caminho, vítima de ladrões. O Levita, auxiliar do sacerdote na condução do culto a Deus e nos sacrifícios, também se vale da mesma maneira de pensar, para não ajudar aquele pobre homem ferido, caído em seu caminho. Quando meditamos nesta passagem, observamos que tanto o Sacerdote como o Levita, deixaram de aplicar a Lei neste episódio, pois o texto da Lei manda amar ao próximo como a si mesmo. Observe a resposta dada pelo interprete da Lei a Jesus. (ver. 27). O amor estava acima de qualquer regra; se a Lei fosse quebrada ou transgredida pelos religiosos, socorrendo a vitima dos salteadores, certamente que ambos não seriam punidos pois ao mesmo tempo teriam aplicado a Lei, amando, socorrendo o próximo que estava diante deles. O que aqui vemos é o pecado de omissão e a indiferença com que ambos tratam o episódio.
Somos instados, pela pratica religiosa, não digo regras, a nos afastarmos de pessoas de condutas duvidosas ou de praticas delituosas. Não podemos compartilhar de suas ações que afrontam a sociedade e também a Deus, porém temos o dever de olhar para eles, como se fossem o homem espancado pelos ladrões, no caminho para Jericó; misericórdia e compaixão devem ser marcas de um verdadeiro cristão. O sofrimento alheio, deve criar em nós, um sentimento de revolta com o inimigo das almas do ser humano. Nunca podemos deixar conviver dentro de nosso ser, um sentimento de omissão e indiferença, como se aquele ser que está em nosso caminho nada representasse para Deus. Somos ensinados por Jesus, nesta parábola, a gastamos tempo e dinheiro para recuperarmos o nosso próximo, abatido muitas vezes pelas circunstâncias da vida que lhe não foram favoráveis e mesmo a escravidão a que é submetido pelo diabo, levando ao estado de miséria e decadência tanto física como espiritual. Não podemos passar de lado, da vítima, como se isto não fosse nossa responsabilidade.

2 – A OMISSÃO E A INDIFERENÇA, SUSCITAM SOCORRO DE PESSOAS OU GRUPOS, QUE CONSIDERAMOS COMO INIMIGOS ESPIRITUAIS, EM FACE DE SUAS CRENÇAS OU FORMA DE ADORAÇÃO.

Que surpresa desagradável, para o dono da estalagem que recebe o ferido para dele cuidar. Entendendo que fosse um judeu, fica surpreso ao ver um samaritano, socorrendo possivelmente um também judeu, machucado pelos salteadores de beira de estrada. É notória a todos os que conhecem a história do povo judeu, a aversão que tinham pelos habitantes de Samaria. Isto é conseqüência da época do cativeiro; logo após os Assírios, terem conquistado o reino do norte (Israel), estes introduziram na terra conquistada, pessoas de outras nações e culturas, o que provocou uma mistura de línguas e costumes estranhos ao povo de Judá (Reino do Sul). Como resultado disto, os judeus não consideravam os samaritanos como povo de Deus, ao contrário, consideram-nos como gentios. Era proibido, contato de um judeu com um samaritano. Um judeu socorrer um samaritano, jamais! Mesmo que estivesse as portas da morte, o judeu não moveria um braço para ajudar-lhe.
Será que nós, nos dias atuais, também não estamos sendo surpreendidos, pelo socorro que seitas comprovadamente heréticas, estão prestando àqueles que seriam nossa obrigação de socorre-los?.
Recentemente, uma determinada rede de televisão de nossa região, noticiou que um grupo de pessoas, de uma destas seitas, estavam confeccionando lençóis para atender a rede hospitalar do município de Campinas. Ora, se nós nem falarmos de Jesus para os ímpios, temos coragem, que dirá propor ajudar uma entidade, com trabalho de nossas próprias mãos! O básico nós não estamos fazendo, que é o mínimo possível que se espera de um salvo em Cristo! Porém nos irritamos quando vemos grupos heréticos fazendo beneficência. Nós o que temos feito? Somos como o Sacerdote e o Levita. Somos omissos e indiferentes!

CONCLUSÃO: - O apóstolo S.Tiago diz o seguinte em sua carta, no capítulo 4 versículo 17: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.”
Queremos sermos considerados como pecadores? Creio que não!
Então amados, mãos a obra! Há muitos caídos, a beira do caminho por onde passamos; não que os caminhos, aqui mencionados sejam caminhos literais, mas em nossa trajetória nesta vida, encontramos todos os dias pessoas abatidas pelo diabo. Estão caídas, semi-mortas, sangrando, esperando que alguém, movido de íntima compaixão, lhe estenda a mão! Logo ali onde você mora, bem do seu lado, neste instante há alguém ferido, alguém escravizado pelo álcool, pela droga, pela prostituição, pelo roubo, pelo adultério, pela depressão, pela morte. Tome-o em seus braços, conduza-lhe para a estalagem, Igreja, que o estalajadeiro Jesus, sarará todos os ferimentos causados pelo ladrão chamado Satanás. Pode Ter certeza de uma coisa, não faltarão recursos a você, para cuidar do ferido. O Senhor o Pai do Céu, lhe dará condições para que você fale de seu grande amor para com o pecador. Diga-lhe que Deus não faz acepção de pessoas, pelo contrário, trata a todos os que procuram o seu socorro, de maneira igual! Não há para Deus, rico ou pobre, preto ou branco, culto ou ignorante, magro ou gordo, não! Todos os que chegam ao Pai Celeste através de Jesus, são tratados com muito carinho! Ele tem recursos abundantes para gastar com o pecador. Amém!


Pr. Ubirajara Quintino
Igreja Evangélica Presbiteriana Ebenézer

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