sábado, 20 de novembro de 2010

O evangelho institucional


O Evangelho todo, para todo homem e o homem todo. Trata-se de uma afirmativa impactante, uma vez que trás consigo toda responsabilidade da “Missio Dei”. É interessante o contraste existente entre tal proposição e a real aplicação da mesma, sendo que o enunciado no final do século XX e começo do século XXI foi: “O mundo está evangelizado, logo o mesmo precisa ser pastoreado”! 
Levando em conta a real aplicação do termo “Evangelho”, entende-se que o termômetro que mede a extensão e a profundidade de abrangência do Evangelho não são números, “Igrejas” lotadas; mas sim, a transformação empreendida no “homem todo”. Sendo assim, o “Evangelho” pregado por parte da Igreja é institucionalizado, ou seja, visa à manifestação de dogmas relacionados à religião e não a Bíblia ou a pontos essenciais e fundamentais do Evangelho segundo Jesus Cristo.
Essa institucionalização do Evangelho leva a evangelização a um patamar de interesses pessoais, muitas vezes financeiros, criando um verdadeiro comércio eclesiástico. Cada “instituição” tem sua missão em particular paralela ou ainda declaradamente alienada a “Missio Dei”.
Perdeu-se o conceito de Evangelho, e assim não há Evangelho todo, pois a fragmentação da Boa Nova levou a banalização da Mensagem coibindo o alcance da Missio Dei a todo homem e sua aplicação ao homem todo.
Nesse contexto, o mundo necessita de ações que envolvam a sociedade como um todo, o “Homem Todo” do Ide de Jesus precisa fazer sentido e ser aplicado por um Evangelho genuíno, autêntico e livre de arbitrariedades institucionais. 


Pr Paulo Fernandes
Igreja Presbiteriana Ebenezer de Araçatuba

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